JURAMENTO DO TAMARINEIRO-Neto Henrique

JURAMENTO DO TAMARINEIRO
Não serei um poeta moralista
Defensor do triunfo de quem conquista
Ou divulgador do choro daquele que sempre perde
Prefiro antes ser um doido equilibrista
Brincado de cantar aonde ninguém se arrisca
Rabiscando no muro o que ninguém se atreve
Não serei poeta das massas ou das moças
Nem das sociedades letradas
Não serei de ninguém!
Serei, sim, poeta de mim e do meu Eu interior
Que lapido dia e noite com brutal e frio amor
Para fazer dele apenas aquilo que me convém
Não quero que me lembrem, me deixem esquecido
Mais vale um louco livre do que um sábio entristecido
Aprisionado pelo moralismo que ele mesmo criou
Quero antes gritar feito um doido bem varrido
Que varreu de si o que sobrava, varreu e foi varrido
E viveu muito feliz do que jeito que bem desejou

Poema de: Neto Henrique- Alagoinha-PB
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